Macapá - Tornar a educação mais atrativa e dinâmica com a participação dos estudantes é uma tendência que torna o processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e interessante para a nova geração. Por isso, 70 professores da Escola do Serviço Social da Indústria (SESI) do Amapá participaram da capacitação “A Educação 4.0 e as Metodologias Ativas de Ensino”, realizada no auditório do Sebrae Macapá, nesta terça-feira, 29 de outubro.

O treinamento busca estimular a criação de novos processos de aprendizagem que fomentem maior engajamento do aluno, tornando-o parte da construção do conhecimento. Para isso, o consultor especialista em Metodologias Ativas de Ensino, Professor José Motta Filho, acompanhado do especialista em Educação do Departamento Nacional do SESI, Marcos Sousa, apresentou aos docentes o cenário tecnológico ao qual crianças e jovens estão imersos desde os primeiros anos de vida, frisando que é impossível desassociar a escola do mundo digital.

A Educação 4.0 corresponde às necessidades da chamada quarta revolução industrial, em que a linguagem computacional, a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas, além de outras tecnologias se somam para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, utiliza-se o modelo de sala invertida, onde são criadas estruturas mais adequadas para que o aluno percorra uma trilha de aprendizagem de forma engajada e motivadora, sendo o principal protagonista na sala de aula.

Motta explica que, ainda nos dias de hoje, os alunos são ensinados a “copiar e colar” durante os ensinos fundamental e médio, e quando chegam ao ensino superior se deparam com outra realidade. “É exigido do acadêmico que ele pense e desenvolva textos inéditos, mas isso não acontece no período escolar. Temos que refletir sobre essa metodologia e estimular nos estudantes a criatividade e o senso crítico. O professor precisa saber entregar os conteúdos de diferentes formas, respeitando as particularidades de cada aluno, além de desenvolver as competências socioemocionais dele”, disse.

Durante o treinamento, os professores também aprenderam estratégias sobre como tornar isso possível, por meio de metodologias ativas de ensino. O método estimula criar interação, realizar projetos diferentes, trabalhar a reflexão, a criatividade, o pensamento crítico, dentre outros aspectos do aluno. Ou seja, focar em aulas mais dinâmicas e participativas, em que o professor atua como mediador da aprendizagem, provocando os alunos a irem em busca das respostas. O trabalho em grupo também deve ser estimulado.

Para a professora de educação física, Regina Vieira Filha, também em sua disciplina, é possível utilizar tecnologias e incentivar o raciocínio lógico dos estudantes. Ela acredita que é preciso reinventar a metodologia de ensino para tornar a escola cada vez mais interessante. “Sabemos que é preciso criar uma nova roupagem para a educação. Para isso, temos que utilizar as tecnologias a nosso favor, como jogos eletrônicos, celulares, e outras atividades recreativas de gamificação”, disse.

O professor Motta ressaltou, ainda, que os docentes precisam promover pesquisa e diálogo com experimentos “mão na massa”, utilizando o Design Thinking nas salas de aula. Trata-se de uma abordagem centrada em pessoas, baseada em um processo colaborativo para resolução de problemas. Para entender a ferramenta na prática, eles formaram grupos e desenvolveram soluções a partir do diálogo e consenso. A metodologia também será utilizada com os alunos.

Na oportunidade, os professores também aprenderam sobre Cultura Maker (crença de que qualquer pessoa pode consertar, modificar, criar e produzir objetos com as mãos); STEAM (metodologia que reúne conhecimentos de Artes, Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática); metas SMART (metas eSpecíficas, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais) para a resolução de problemas, entre outros processos colaborativos e ativos de aprendizagem.

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