O Serviço Social da Indústria (SESI) lançou, nesta segunda-feira (23), o Programa SESI de Gestão Escolar (PSGE), modelo que pode se tornar referência para outras redes de ensino. A gestão escolar está atrás somente do professor como fator determinante para um bom resultado na aprendizagem, e o peso é maior nas unidades que atendem alunos de nível socioeconômico mais baixo.

O gestor tem o papel de administrar a escola, do ponto de vista pedagógico, financeiro, de infraestrutura e de pessoas. Sua liderança pode estimular o protagonismo de outros atores da comunidade escolar, entre docentes, pais e alunos, o que acaba impactando o engajamento e o desempenho dos estudantes em sala de aula.

Em um cenário de altos índices de evasão e de transformações – com a pandemia e a introdução de novas tecnologias na rotina de alunos, pais e professores –, é necessário e urgente qualificar a gestão escolar, avaliam o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi; o gerente executivo de Educação do SESI, Wisley Pereira; e o superintendente-executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

Eles participaram do lançamento do PSGE, transmitido ao vivo no canal do YouTube do SESI com a mediação da jornalista Priscilla Borges, editora-executiva do Metrópoles. Também marcaram presença o gerente executivo da Universidade Corporativa do Sistema Indústria, Eduardo Vaz; e Manoel Alves, presidente da Fundação L’Hermitage, parceira do SESI no desenvolvimento e na implementação da metodologia.

“O gestor é o maestro que conduz a escola, ele tem a responsabilidade de garantir as condições necessárias para a aprendizagem. O objetivo do nosso programa é formar esses profissionais e melhorar a eficiência das escolas. Já aderiram ao projeto 26 estados, com 27 unidades e 270 profissionais da educação”, adianta Wisley Pereira.

Formação dos gestores escolares é primeiro passo

O PSGE está estruturado em cinco áreas: liderança e planejamento pedagógico; gestão administrativa financeira; desenvolvimento profissional; relacionamento com alunos, pais e comunidades; e gestão de resultados. E prevê as seguintes etapas: formação inicial, ações preparatórias, diagnóstico escolar, plano de melhoramentos, apuração de resultados, avaliação externa e certificações.

Rafael Lucchesi e Manoel Alves lembraram que a iniciativa nasceu em 2013, após visita ao Chile, onde um programa nacional de gestão escolar foi implementado na rede pública pela Fundação Chile. Gestores do SESI do Paraná e de Alagoas também deram seus depoimentos sobre um projeto piloto, realizado em 2015, nos dois estados.

“Fizemos o esforço para incorporação da metodologia. Sabemos o quanto são importantes as experiências e o desenvolvimento de competências em gestão educacional. Queremos trazer toda a tecnologia de gestão do setor empresarial para a experiência pedagógica. E ter um modelo replicável no sistema educacional brasileiro”, defende o diretor-superintendente do SESI.

O presidente da Fundação l'Hermitage destacou que tanto o programa chileno quanto as experiências brasileiras têm sido exitosas. A implementação começa com diagnóstico, com toda a comunidade escolar envolvida, incluindo pais e alunos, e termina com a certificação de agente externo, a partir de indicadores.

Impactos na aprendizagem do Programa Jovem de Futuro, do Instituto Unibanco

Ricardo Henriques apresentou o Programa Jovem de Futuro, que, desde 2007, alcançou 3.142 escolas públicas e 16 mil profissionais de educação, que participaram de formações em gestão escolar. Neste ciclo 2019-2021, são 4,4 mil escolas e aproximadamente 1,5 milhão de alunos por ano.

Após três anos, o impacto médio foi de 4 pontos na escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em língua portuguesa e matemática no ensino médio e 2 pontos percentuais na taxa de aprovação do ensino médio. Para o superintendente-executivo do Instituto Unibanco, o desafio é aproveitar as experiências para pensar em avanço contínuo.

“Temos excelentes práticas e boas ideias, mas, infelizmente, na cultura da gestão pública, temos baixíssima atenção com a implementação. É pouco investimento nos elementos que configuram as adaptações necessárias de implementação. Se aprende pouco com erros e acertos e muitas rupturas, que nos dão a impressão que estamos sempre começando do zero”, observou.

Ainda segundo Henriques, deve-se ter a preocupação de não deixar a parte pedagógica de lado e burocratizar processos, desestimulando os gestores e docentes. Ter uma gestão orientada para resultados, parte de um ciclo de melhoramento contínuo e não um projeto com prazo para acabar, é a meta do PSGE.

Os gestores formados pelo SESI atuarão ainda como multiplicadores em seus estados para expandir o projeto e certificar escolas de outras unidades e instituições de ensino.

Assista a live completa.

 

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