Macapá - Especialistas apontam que investir em capacitação possibilita que os profissionais tenham maiores chances de garantir e se manter num bom posto de trabalho no cenário competitivo atual. Dessa forma, muitos optam pela qualificação para o ramo da indústria, modalidade de ensino ofertada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Amapá.

Atualmente o SENAI do Amapá tem cerca de 600 alunos, 225 deles são cotistas com contratos devidamente assinados. A expectativa é que esse número salte para 400 até meados de junho. Parceira da instituição desde 2009, a empresa do ramo de construção civil Etecon, contratou sete alunos nesse começo de 2016, entre eles, Ana Flávia Ferreira Sabino, do curso de Administração em Redes de Computadores.

“Os jovens tem demonstrado interesse em entrar mais cedo no mercado de trabalho e há carência de mão de obra qualificada, portanto, absorvemos esses profissionais que trazem a chancela do SENAI, instituição de excelência”, ressaltou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amapá (SINDUSCON), Glauco Cei.

“Apesar de todo o conhecimento adquirido durante o curso, me surpreendi positivamente com a oportunidade de emprego logo que iniciei os estudos no SENAI. Fiquei muito feliz”, comentou a estudante Ana Flávia.

O Programa de Aprendizagem Industrial conta com 11 cursos, ofertados nos Centros de Formação Profissional (CFP) de Macapá, Santana e Vale do Jari, e compreende duas etapas: na Escola (SENAI) e na Empresa, cada uma correspondente a 50% da carga horária total do curso e, em ambas, o aluno tem a oportunidade de associar teoria à prática por meio do ensino baseado no desenvolvimento de capacidades.

“Os resultados positivos são crescentes, o que faz com que esse tipo de qualificação se fortaleça ainda mais no Estado, que ainda é carente de profissionais bem preparados”, disse Rayza Aires dos Santos, secretária executiva da Aprendizagem Industrial do SENAI Amapá.

Não é raro ver estudantes e ex-estudantes abrindo o próprio negócio, como as irmãs Brenda e Clisia Sena, do curso de Panificação e Confeitaria. A venda de bolos confeitados, doces e salgadinhos começou na cozinha da casa delas. O número de encomendas foi aumentando e hoje elas contam com um ajudante.

“Nossa meta é empregar mais colegas que estudaram com a gente. Ver que o nosso negócio está dando certo só me deixa mais entusiasmada e motivada a continuar me preparando para o mercado”, comentou Clisia.

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