Durante o 36 º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), que termina hoje em Colônia, representantes da indústria brasileira discutiram a disseminação de tecnologias digitais em pequenas e médias empresas (PMEs) e treinamento de mão-de-obra para nova revolução industrial
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, apresentou proposta de ampliação do projeto-piloto de digitalização das empresas brasileiras e alemães durante o 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), em Colônia, na Alemanha. O projeto é resultado da parceria de 13 grandes empresas, seis brasileiras e sete alemães, em busca do salto de produtividade previsto com a Indústria 4.0. Entre elas estão: Embraer, Totvs, WEG, Ioschpe, WEG, Eurofarma, Siemens, Bosh, SAP e Festo.
O evento reuniu 500 empresários, entre eles 260 brasileiros e os presidentes das Federações Estaduais das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte; do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry; de Roraima (FIER), Rivaldo Neves; do Maranhão (FIEM), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (FIEMG), Flavio Roscoe.
A cooperação entre os setores privados dos dois países busca também a disseminação de tecnologias digitais em pequenas e médias empresas (PMEs) e a criação de métodos de treinamento para a Indústria 4.0. A ideia é desenvolver cursos técnicos e superiores para formar profissionais preparados para lidar com as necessidades da transformação digital, assim como a demanda de empresas internacionalizadas.
Segundo o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, a nova revolução industrial no Brasil permitirá ganhos de produtividade, aumento da eficiência e integração da produção, mas também vai exigir mudança de modelos de negócio das empresas. João Emílio explica que, para isso, são necessários o estímulo à adoção e ao desenvolvimento de novas tecnologias, além da expansão da infraestrutura de banda larga, mudanças na regulação brasileira e treinamento dos recursos humanos.
“A digitalização está ao alcance de todas as empresas, dos mais diferentes setores. Não é um bonde perdido, mas é preciso avançar com rapidez para aproveitar a oportunidade que a Indústria 4.0 oferece para o desenvolvimento industrial”, disse.
Atualmente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) possui um programa para preparar as pequenas e médias empresas para a quarta revolução industrial. “Estamos provando que a Indústria 4.0 é uma grande oportunidade, e não uma ameaça. O Brasil já a está abraçando”, afirmou o gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI, Marcelo Prim.
Da Agência CNI de Notícias